O Elefante Infante, este livro sobre o elefantinho mais curioso, tem a resposta no desenrolar da história, ao final da sua longuíssima viagem, que quem sabe poderá ter durado 26.000 anos, o tempo de uma era. Kipling gostava de brincar nas belas histórias sobre animais que escreveu para os filhos, em que ele tentava explicar de um jeito literário e divertido a teoria da evolução das espécies.
Eis quando se dá o encontro, diante das águas do rio Limpopo, do poderoso crocodilo com o pacífico filhote de elefante andante que ainda não tinha tromba e insistia em saber: “O que o crocodilo
come no jantar?” Come também elefantinhos curiosos, ele entendeu, e teve de travar tamanha batalha que ganhou uma tromba.
Para si e para todos os elefantes que viriam depois dele. Seu nariz, a partir de então, não serve apenas para cheirar, tem outras utilidades que essa boa leitura o levará a descobrir, bem-amado leitor de Rudyard Kipling, o que é capaz de aprontar com ela o Elefante Infante andante.
Assim o leão diz-se rompante, o touro arremetente, o cavalo corrente, o urso levantante e ameaçante, o lobo caçante, o cervo corrente, a onça saltante, o elefante andante, a raposa espreitante, a águia voante, o gavião caçante, a cobra pensante, o porco montez fugente, etc. Assim os animais são representados como selos nas armas dos guerreiros portugueses, como conta o livro O sargento-mor de Villar, de Arnaldo Gama, 1863, sobre a segunda invasão francesa de Portugal em 1809, quando a família real portuguesa já havia fugido para o Brasil. Assim você pode ler e continuar brincando: O elefante infante, o crocodilo...